Religião

Em construção

Aleariana

Conhecida como a religião matriz dos cultos humanos do Sistema, a mitologia Aleariana é rica em mitos e parábolas que tentam explicar a geração do universo e o lugar do homem nela. Todas as facções das Igrejas humanas do Sistema se desenvolveram desse culto, iniciado provavelmente em Kórdoba, já perdido pelo tempo. Existem hoje três facções da religião Aleariana no Sistema: a Igreja da Luz, que se polarizou na adoração de Leiran, o dia, enquanto a Igreja das Trevas segue os ensinamentos de Sherion, a noite. A facção neoFundacionalista atualmente atribui aos Mestres do Poder a criação do Universo, enquanto a fação Fundacionalista ortodoxa apenas omite a polarização do bem nas duas divindades. A mitologia Aleariana é bastante variada, e em cada planeta se modificou para acomodar as crenças religiosas de seus habitantes. Dessa forma, em Enthor, Sherion é uma entidade maléfica, que traz a morte e o sono eterno,e em Nulthor, Leiran é o chamado dia do juízo final, quando a luz banhar seu planeta e destruir as almas dos nictos. Apesar desta diferença inicial, os outros pontos que cerceiam a religião Aleariana são muito semelhantes, como podem ser observados em Kórdoba, onde houve uma amálgama de tais pensamentos e acrescentada a teoria neoFundacional.

A religião possui inúmeros deuses, demônios, heróis e mitos, atribuídos pela facção neofundacionalista a Mestres do Poder da Era Antiga. A mitologia prega que no princípio dos tempos, havia apenas Irion, a tempestade. Do ventre de Irion surgiram Sirh, o mundo e Variel, a abóbada celeste, os dois proto-deuses que diferenciaram luminos e nictos. Variel deu à luz dois gêmeos: Leiran, o dia, e Sherion, a noite. Sherion, o último a nascer, nasceu cego e machucado (por isso a noite é negra). As feridas de Sherion cicatrizaram, formando as estrelas. Variel, pegando uma fagulha de Irion, gerou os seres chamados de Thraunares, cujas capacidades eram explêndias: Wandris, Kaen´eth, Shea e Irioth. Por fim, vieram os chamados Griores, demônios terríveis, que ao nascer rasgaram o corpo de Variel, sua mãe. Encolerizado, Sirh aprisionou os Griores em imensos monolitos em seus oito braços. A esses monolitos é dado o nome de Trícores, aqueles que aguardam o final dos tempos. Só que Rhaiar, o desmembrador, o pior dos Griores, não foi capturado em seu Trícore. Os thraunares, irados, uniram-se para capturar Rhaiar. Quando Wandris, o mais poderoso deles, lutava contra Rhaiar, uma gota de seu sangue caiu na terra e nutriu Sirh. Variel, agonizante na abóbada deu seu último sopro naquela gota, e dela nasceram os primeiros humanos. Sirh e Variel partiram para o reino dos mortos, desgostosos com o que havia acontecido. Diz-se que quando Variel chegou em Tildar, a fortaleza subterrânea de seu filho Kaen´eth, chorou convulsivamente. De suas lágrimas nasceu o rio Alear, o transportador de mortos, que leva os recém mortos à presença do rei dos subterrâneos.

Adotada por uma maioria de seres humanos, a Mitologia Aleariana Recente, também conhecida como Culto Fundacional, é seguida nos planetas recém colonizados, como Althor e recolonizado, como Kórdoba. O caso de Kódoba é extremamente fascinante, uma vez que sob as principais cidades do planeta foram encontradas tábuas contendo histórias antes não conhecidas, que foram imediatamente apropriadas pelos sacerdotes. O caso de Althor é diferente: lá se instaurou com grande força a facção neofundacional, liderada por Dean Riker, que além de todos os mitos atribui a característica de thraunares para os Mestres do Poder. Tal divergência está gerando o terceiro cisma Aleariano, que em breve resultará numa quarta religião.

Já a Igreja da Luz ignora em seus chamados Livros da Luz a existência dos Thraunares e o aspecto positivo de Sherion. Leiran é seu Deus, e todos devem obediência, temor e respeito a ele. A Luz é onipresente, capaz de iluminar as mais escuras entranhas de um Grior e de cicatrizar as mais venenosas feridas. A Igreja da Luz tem como sede a catedral de Enthórion, em Enthor.

A Igreja das Trevas possui como base manuscritos feitos por monges na virada do segundo milênio, onde a mitologia aleariana foi copiada para o nicto e reescrita diversas vezes. o divuldagor desta religião, Aaron eN, compilou o livro sagrado da religião, o Nulthoriundt. No livro, a luz é chamada de um agente necessário, porém nocivo, que impede a evolução perceptiva do homem. sem a luz, a mente dominaria os sentidos físicos, e o homem seria capaz de evoluir. Com base nesse pensamento iniciou-se o culto a Sherion, que prega também que a guerra e a religião às vezes andam de mãos dadas (por isso o aspecto militarizado dos Bispos das Trevas).

Irion: tempestade inicial de onde surgiram o céu e o mundo na religião Aleariana. Irion não seria uma entidade consciente, mas sim um ser sem pensamento individual. Irion caracteriza o caos e a gênese do Universo.

Sirh: Deus do mundo terrestre da religião aleariana, não nasceu, surgiu do ventre de Irion, a tempestade, junto com sua irmã, Variel, a abóbada celeste. Por isso, muitas vezes os planetas também são chamados Sirh pelos humanos. Com o nascimento dos thraunares, Sirh presenteou-os com formas físicas para poder caminhar, mas os Griores roubaram o criar dele ao nascer, adotando eles formas físicas abomináveis. Com a retalhação de Variel e a prisão dos Griores por parte dos deuses, Sirh os enclausurou nos Trícores. cada Trícore em um de seus braços, mas Rhaiar conseguiu escapar. Após o combate contra Rhaiar Sirh resolveu acompanhar sua irmã para o reino subterrâneo e deixou o mundo para os thraunares.

Variel: A deusa geradora na religião Aleariana, Variel correspondia ao céu, superior e puro na sua essência. Variel trouxe ao mundo o Dia e a Noite, os Thraunares e os Griores, sendo esses últimos os que dilaceraram o corpo da própria mãe. Variel permaneceu uma era ferida, enquanto seus filhos lutavam entre si. Deu seu último sopro de vida numa nova raça que deveria ser a esperança de todas suas criações: os humanos. Mas eles se submeteram à vontade tanto de traunares quanto de Griores, subestimando suas capacidades. Desgsotosa, partiu para o reino dos mortos.

Leiran e Sherion: O Dia e a noite na religião Aleariana. Leiran é uma entidade poderosa, filho de Variel, o céu. Teve como irmão gêmeo Sherion, a noite, e nunca poderiam se encontrar pois a presença de um enfraquecia e machucava o outro. Leiran é o principal deus da Igreja da luz e considerado um Grior para a Igreja das Trevas, assim como o oposto vale para Sherion. Segundo escrituras e apócrifos Fundacionais, ambos eram muito mais poderosos do que todos os Thraunares, entretanto possuiam vontades e motivações muito próximas às humanas. Tantos os atos bons e ruins cometidos por ambas divindades podem ser explicadas graças a isso. Outro ponto curioso é que tanto os Livros da Luz quanto os Manuscritos das Trevas mantém citações a atos maldosos de seus deuses, gerando verdadeiros exercícios de fé para se adorar a deuses tão voláteis.

Wandris: O primogênito dos Thraunares, é o guerreiro dos guerreiros; enfrentou todos os Griores e ajudou Sirh a aprisioná-los nos Trícores. Odeia Rhaiar com todo a força existente em seu coração. Assim que os Griores foram presos, Wandris assumiu o trono de Sirh e tornou-se o senhor de Ehrlam, a fortaleza do destino. É dito que ele decide o destino de seus servos com Ehrläeron, os três cubos do futuro, que foram dados a ele pela própria Sirh. Durante a sua pior batalha com Rhaiar, Wandris foi ferido gravemente, e de seu sangue uma gota caiu na terra, nutrindo Sirh. Variel, antes de morrer, deu seu último sopro nessa gota, e dela saíram os humanos.

Kaen´eth: aquele que aguarda os mortos em Dorkiel, preferiu proteger os pais na fortaleza a procurar o combate contra os Griores. Com o nascimento dos humanos e sua posterior adoração tembém aos Griores, Kaen´ eth passou a rondar suas casas à procura dos mais velhos e dos feridos para levar para a Fortaleza subterrânea. Entidade sombria e aterradora, até hoje se prestam sacrifícios a ele em alguns locais do Sistema.

Shea: Uma dos Grandes Deuses Alearianos, Shea é a senhora das águas e do ar, e mora no fundo dos oceanos, na fortaleza de Ostix, onde comanda o sentido dos rios e das ondas no mar. Inúmeros foram os confrontos entre Rhea e os Griores marítimos, batalhas estas que terminavam sempre manchando de sangue o mar. Essa é a explicação para a cor vermelha das espumas do mar, resultantes do sangue que era derramado nessas batalhas.

Irioth: Um dos grandes filhos de Variel, era a personificação da beleza. Possuía uma voz tão melodiosa que as estrelas silenciavam para ouvir seu canto. Irioth era o mais novo dos deuses, e predecessor dos Graiares, pelos quais nutre um ódio sem precedentes. Certa vez tentou derrubar os oito Trícores, mas sua força era pouca. É o guardião de Ulurno, o templo das artes e do saber, onde todo o conhecimento escrito e a ser descoberto e toda arte a ser explorada se encontram. De todos os Thraunares, Irioth é o mais calmo e isolado, vivendo em Ulurno a ler e contemplar as obras lá guardadas, e relacionando-se pouco com seus companheiros.

Griores: Demônios da mitologia aleariana, viviam para o ódio e para apodrecer o mundo. Ao nascerem, rasgaram o corpo de sua mãe, Variel, e beberam do seu sangue. Dentre suas ações, constam várias batalhas com os deuses, principalmente Wandris. Dentre os Griores sobressaem-se Rhaiar, o desmembrador, que fora o única a fugir dos Trícores; Choll Oth, o negro, que tentou atingir com uma flecha envenenada o planeta Althor; e Hertherior, a decadência, que com seu toque maldito corroía tudo que era belo.

Rhaiar: O pior de todos os Griores, os demônios da religião Aleariana. Rhaiar foi o último a nascer, foi o filho que mais dor causou à mãe, Variel, no parto. Seus olhos eram da cor do ódio, e queimavam as coisas em que pousavam. O mal acumulado em Rhaiar era tanto que todos os outros que nasceram após ele saíam natimortos. Foi ele quem bebeu mais do sangue de sua mãe após ele e seus irmãos terem rasgado e retalhado seu corpo.

Trícores: Rochas imensas, localizadas nos braços de Sirh, onde estão os Griores, demônios da mitologia aleariana. Os trícores possuem uma formação tão resistente que nem o próprio Sirh conseguiu rompê-los para levar os Griores para os Infernos. No oitavo Trícore há um espaço para Rhaiar, o desmembrador, mas esse espaço nunca será utilizado, pois Rhaiar irá acorrentado para Dorkiel, a mansão dos mortos, onde será julgado por suas vítimas, incluindo Variel, sua mãe, a quem incitou os irmãos a mutilar e a beber de seu sangue.

Theu (Hydriano)

Chamado formalmente de Culto ao Theu, a religião é uma das principais adoradas pelos hydrianos, que possuem outros dois cultos dividindo sua população. O Theu iniciou como uma religião perseguida, onde os adoradores dos ícones eram levados à superfície para secarem ao sol. Por ir contra os princípios dos deuses da religiões predominantes, seguidores do Theu foram perseguidos muitas vezes. Isso os forçou a criar um sinal, um cumprimento que apenas os seguidores do Theu reconhecessem, criando uma cumplicidade entre si. Esse gesto, o Thar, é utilizado até hoje. Quando o movimento Theu chegou a grandes proporções, incomodando muito as classes religiosas dominantes, iniciou-se uma sangrenta guerra religiosa, de onde emergiu o Theu como um culto universal, aberto a todos e livre de repressões. O Theu prega a inexistência de deuses, e sim a existência de ícones religiosos que cada família deveria adorar. Segundo o Theu cada família de hydria deve seguir a algum ícone sagrado, que pode ser desde elementos naturais a objetos construídos pelos hydrianos.

Doze pilares (Hydriano)

Religião fechada e heterodoxa, não mudou praticamente nada em dois mil anos de existência. O culto dos doze pilares já foi a principal religião de Hydria, mas foi derrubada no início da era Recente com as guerras do Theu. Antes uma religião dos monarcas e famílias superiores de Hydria, os seguidores dos doze pilares agora são uma sociedade segregacional, radical e furtiva. A religião prega a existência de duas entidades antagônicas, representando o bem e o mal, respectivamente: Ys e Belit. O respeito a Ys e o repúdio a Belit são as linhas básicas da religião. Atos destrutivos contam, e aí reside o perigo da religião. Ataques sacro terroristas são comuns e sempre terminam em verdadeiros banhos de sangue nas cidades de Hydria.

Paradigma Abionte

Talvez a mais fascinante de todas as religiões, o Paradigma na realidade não é bem uma religião, pois não contém nenhum conjunto de leis, dogmas e explicações para eventos naturais e sobrenaturais. O Paradigma é uma espécie de programa inserido nos bancos de dados abiontes para fazê-los trabalhar com as possibilidades chamadas improváveis (ou caóticas). O Paradigma explica que a realidade ainda não foi completamente definida pelos abiontes, portanto eventos que desafiem a lógica devem ser estudados para fazerem parte do próprio Paradigma e desta forma deixarem de ser elementos improváveis. O Poder, por exemplo, é aceito pelos computadores vivos, mas não é compreendido. Isso gera em suas mentes uma espécie de obcessão em ser compreender os mecanismos físicos que favorecem o surgimento do Poder, ignorando variáveis sobrenaturais ou míticas. A mente abionte é completamente fria, mas extremamente curiosa devido a esse paradigma. Atualmente o Paradigma contém uma base de dados com uma capacidade enorme, que só é disponível para os abiontes.

Chraia (Criomn)

Também pronunciada como Thraya, Traia, ShRaia, a religião serviu como base para a sociedade de castas que existe em Criomn. É uma religião complexa, porém pouco obrigatória e mais mítica do que as outras. Seu principal pregador foi Etroh, o profeta, que abnegou toda sua vida em função do culto. Foi Etroh que estabeleceu o canibalismo após a batalha, onde o vencedor deve que devorar o vencido, sorvendo todo seu sangue. Por isso, prega o poder do sangue, ilustrado pela máxima de Etroh: Sangue é Poder. O sangue deve ser dividido entre todos para que o poder gere a União. A religião segue os chamados tomos do Chraiont, o livro-mestre da religião, compilado por Etroh em sua velhice.

O Chraiont prega a planificação da existência em níveis, quanto mais superior o nível do ser, mais simples será sua substância. O último nível corresponderia é a energia total, tanto do bem quanto do mal. A passagem de um nível para outro chama-se transmigração. Tem como base o culto aos cinco Grandes Deuses, entidades que vivem no penúltimo plano existencial. Os deuses são Phietor, Hir’naa, Anareon, Ihori e Ambar. Phietor é o senhor e guardião do conhecimento. É calmo e pacífico, ora representado por um Louvador, ora representado por um Saltador. Hir’naa é a força dos elementos, a natureza ativa, a simplicidade da vida e do universo. É representada por uma Oradora ou uma Fotóptera. Anareon é o Senhor das Batalhas, a força física e os atributos do corpo. É impetuoso e impulsivo, mas de boa índole. Geralmente é representado por um Blindado. Ihori é o juiz universal, aquele que aguarda os recém mortos para encaminhá-los para seus respectivos níveis. Ihori é o mais poderoso de todos os deuses, mas nunca faz uso de tal força, preferindo apenas observar os níveis inferiores. segundo algumas dissidências da religião pricipal é dito que ele pode ver o que há no último nível, mas nada se sabe a respeito disso. Além disso, Grihori é o deus que mais possui representações: um térmite, um asa negra, um cromóptero, um apis, um antos, entre outros. Por último, Ambar, o guaduão do fim. Pouco se sabe dele, e pouco dele é falado no Chraiont. Uma das poucas citações a respeito dele diz: “... e assim os filhos do Fim voltarão à terra criadora; de lá só sairão os que conseguirem transmigrar para outros níveis; e só transmigrarão os merecedores de tal dádiva. Os que não conseguirem transmigrar serão levados à suprema presença de Ambar, que os descerá de nível, até se redimirem de seus erros ou tornarem-se expurgos da terra.”.

No chamado terceiro período da religião, que coincidiu com o primeiro contato com os humanos, houve uma cisão na Igreja Chraya, devido à descoberta de dez capítulos adicionais que pertenceriam ao Chraiont original. Esses capítulos pregavam um modo de vida mais rígido, com ensinamentos semelhantes aos das religiões antigas. Assim, foi criada a Igreja Chraya Arcaica, onde o rigor e ensinamentos radicais são acrescentados ao quarto tomo, o das ações. A Igreja possui como principais seguidores as asas vorazes e os blindados. O símbolo da Igreja é o Tau, que significa a distribuição da energia, a transmigração, os níveis existenciais. A outra parte, bem mais numerosa, formou a Igreja Chraya Renovada, onde os dez capítulos acrescentados foram abolidos do quarto livro. É uma facção menos punitiva que a Arcaica. A maioria das castas inferiores dos criomnianos adotaram tal religião, que é a mais difundida de Criomn.

Os Quatro Tomos do Chraiont:

Origens: lendas, mitos e parábolas das eras iniciais; as origens dos deuses.
Espada: a luta entre os deuses e os seres dos altos níveis do mal.
Ações: ensinamentos do modo de vida Chraio.
Provações: os pecados e as punições; a transmigração.

Livro dos Ventos (Reptilon)

 

Menu Principal